domingo, 30 de março de 2008

Eu sou profundo, introspectivo e meu visual é sombrio. Eu sempre estou vestido de preto, conheço os cemitérios e as Catedrais. Costumo caminhar entre os mortos e sentir as vibrações do sofrimento e da paz. Meu mundo é complexo e a metafísica e o ocultismo são questões presentes. O sou mal e o gothicismus é do mal. Sou avesso ao epicurismo, sou um ser híbrido e adoro o sincretismo. Não acredito em doutrinas maniqueístas, me oriento por meus desejos e minha intuição aguçada, tais quais os vampiros. Sinto repúdio por tudo aquilo que é superficial, tenho personalidade marcante e não costumo aceitar qualquer coisa. Não deixo de ser um rebelde, mas há muito minha falange superou as limitações das liturgias essencialmente políticas. Meu espírito é jovem, mas minha cultura está longe de ser considerada simplória, tanto porque não costumo consumir qualquer porcaria, como pelo fato notório de que faço questão de ser diferente daqueles que se entregam com facilidade ao consumismo e a superficialidade. Meus interesses passam por caminhos distantes, que podem remontar desde aspectos arquitetônicos e filosóficos da Idade das Trevas, até os modernos estudos exobiológicos. Navegando entre a luz e as trevas da tormenta você encontrará meus pensamentos e meus sentimentos, não se engane sou autêntico, passo a maior parte do tempo conversando comigo mesmo. Sou sensível, sensitivo, no meu peito não existem logotipos ou marcas, mas sou muito mais sociável do que a maioria dos mortais comuns. Também sou alvo de preconceitos rudimentares, na maioria das vezes, fruto da ignorância típica das massas de manipulação. Não é muito simples me entender muito menos me compreender, pois nada de simples existe num ser que busca energia nas trevas e, que não aceita as limitações impostas por doutrinas convencionais. As músicas que escuto assim como os livros que leio não podem ser encontrados na banca da esquina, talvez por isso eles me fascinam. Há muito me libertei da ingênua concepção de que tudo o que está no alto é bom e, que tudo aquilo que está nas trevas é profano. Não creio no poder do pecado, tampouco me importo com aqueles que acreditam nele. Apenas optei por viver num mundo onde a verdade está mais próxima daquilo que sinto. Olhando para a cruz que está no meu peito, invertida ou não, logo você perceberá que não sou ateu, mas também, que o paganismo não está de todo ausente. Meu mundo é menos iluminado com certeza, mas talvez muito mais lúcido, já que não necessito das interferências e influências impuras da luz do dia para me encontrar com minha própria essência. Posso entrar e sair de qualquer lugar sequer sem ser notado, pois jamais busquei por notoriedade, meu mundo rejeita a matéria e nela não encontra resquícios de verdade. Nem mesmo acredito que a verdade exista, no seu lugar coloquei minha sensibilidade. Posso até não parecer muito simpático, mas costumo declarar aquilo que sinto impregnado de sinceridade. Meus amigos não são necessariamente as pessoas mais alegres e felizes do mundo, mas gostam de mim independentemente do que tenho ou dos lugares que freqüento. Na maioria das vezes eles falam pouco, apenas aquilo que é suficiente para evitar-se a mediocridade. Encontro com facilidade todas as cores que minha alma necessita nos corredores sombrios dos lugares que eu costumo freqüentar. Eu sou um ser com energia própria e, minha existência depende mais do alimento que minha mente consome do que do alimento que minha matéria ingere... talvez por isso eu viva lendo e escrevendo poemas... ...afinal, eu sou GÓWTHICKO.

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