sábado, 26 de abril de 2008

PARA ONDE VAMOS O ALEM

Espírito:Considerando o ponto de vista teosófico a oposição vida-morte deve ser substituída pela concepção unitária vida-vida: "vida terrena" e "vida não terrena". A morte seria apenas o processo de transição de uma para outra situação. Não há interrupção ou fim da vida, antes uma mudança na condição de SER e ESTAR.O homem "encarnado" é constituído por sete princípios ou "corpos" biológicos-físicos-químicos. Ao morrer, o espírito, que a teosofia distingue de "alma", abandona quatro destes "corpos", que são chamados "princípios inferiores". São feitos de matéria densa especialmente adequada para a a vida no planeta Terra. Estes pricípios inferiores são: 1) a corpo físico, animal (Rupa); 2) alma física, animal (Kama-Rupa); 3) princípio vital, o prana; 4) corpo astral (Linga Sharira). Os três princípios restantes, ditos "superiores" são manas (individualidade), buddhi (veículo, corpo de manas) e atman, a centelha divina, ligação identitária com o Ser Primordial, Deus. O conjunto desses três princípios, indiviso, é o Espírito ou Eu Superior.A vida do Espírito é eterna em oposição à vida da "carne", que é perecível. É o Espírito, o ser verdadeiro feito de substância sutil, que sobrevive ao corpo de matéria densa: "O Ego que se reencarna é o Eu individual e imortal, não o pessoal..." [BLAVATSKY, 1983 - p 131]. Ocorre que "personalidade" é um sistema complexo de associações circunstanciais que constroem a sensação de auto-reconhecimento, intimamente associada à vida do corpo físico terreno no mundo físico terreno. Para Onde Vamos: O Além As Escrituras Sagradas Cristãs e Islâmicas possuem numerosas referências ao destino do Espírito depois da morte. Ambas assemelham-se em suas concepções: os bons, que obedeceram às Leis de Deus, vão para o Paraíso; o maus, praticantes de pecados graves, vão para o Inferno. No Catolicismo, existem ainda: uma região intermediária, o Purgatório, que abriga pecadores medianamente culpados; e o Limbo, lugar onde ficam os pagãos, os não batizados segundo os cânones da Igreja.Cristãos e muçulmanos associam o Paraíso a uma "terra de Benventurança", de felicidade, e o Inferno, ao martírio do fogo onde os espíritos atormentados queimam e somente se ouvem "o gemido e ranger de dentes." Entre os gregos, as idéias sobre o post mortem mudaram, ao longo das épocas, acompanhando a mudança da mentalidade do povo e da organização social: Nas primeiras representações dos Infernos [entre os gregos] não existe qualquer conotação de castigo ou recompensa, como na doutrina cristã. Homero (século IX a.C.) descreve o Hérebo [como era chamada a região dos mortos] como uma vasta planície subterrânea, onde os mortos vagueiam por toda a eternidade como sombras sem inteligência, sem dor nem alegria. Apenas aqueles que cometeram grandes delitos sofrem castigos e alguns privilegiados continuam a viver no mundo das sombras exercendo as mesmas atividades que realizavam sobre a Terra... Mas são exceções...Com o passar do tempo, os gregos organizaram-se em cidades, criaram um sistema de justiça, ordem e disciplina, julgando os criminosos e recompensando os benfeitores. A partir dessa organização social, modifica-se o conceito dos Infernos, que passam a dividir-se em duas regiões distintas: ...o Tártaro, lugar de expiação, onde os maus pagam suas culpas; ...os Campos Elísios, ou Ilha dos Bem-Aventurados, também imaginada nas profundezas terrestres, onde os bons usufruem as recompensas de suas ações. (MITOLOGIA) Os teósofos adotam concepção budista que somente admite duas hipóteses para o Espírito desencarnado que jamais é punido por qualquer de seus atos sobre a Terra. Castigo no post mortem é uma idéia considerada flagrantemente injusta e, portanto, incompatível com a natureza de Deus. O sofrimento pode acontecer mas somente como decorrência de um estado de consciência confuso, que pode dominar o Espírito por conta do processo de separação do corpo. É uma questão de tempo de adaptação entre uma condição existencial terrena e outra condição, de existência meta-terrena (além do tereno). Em A Chave da Teosofia, H.P. Blavatsky escreve: Não admitimos nenhum castigo fora desta terra porque o único estado que o Eu Espiritual conhece na vida futura é o da felicidade sem sombras. ...Não podem os crimes e pecados cometidos em um plano de objetividade e em um mundo de pura matéria, receber nenhum castigo em um mundo de pura subjetividade. Não acreditamos em inferno ou paraíso como localidades; em nenhum fogo objetivo do inferno nem em alguma Jerusalém com ruas incrustradas de safiras e diamantes. Cremos em um estado post mortem ou condição mental parecida com aquela em que nos encontramos durante um lonho lúcido.Acreditamos em uma lei imutável de amor, justiça e misericórdia absolutos; e crendo nisso dizemos: seja qual for o pecado... nenhum homem pode ser responsabilizado pelas conseqüências de seu nascimento. Ele não pede para nascer nem elege os pais que lhe darão vida. Sob qualquer aspecto, é vítima do que o rodeia; é filho das circunstâncias sobre as quais não tem ação nem poder... Em essência, a vida é um fogo cruel, um mar borrascoso que deve ser cruzado e, as vezes, um peso muito difícil de suportar....quase todas as vidas individuais... são um sofrimento. Haveríamos de acreditar que o homem desgraçado e desamparado, batido pelas enfurecidas ondas da vida, se não consegue resistir e se vê arrastado por elas, há de ser castigado com uma condenação eterna ou sequer uma pena passageira? Jamais. Grande ou vulgar pecador, bom ou mau, culpado ou inocente, uma vez livre do peso da vida, o Manu ("Ego Pensante"), exausto e consumido, adquiriu o direito a um período de bem-aventurança e repouso absolutos.A mesma lei infalível, sábia e justa... que inflinge ao Ego, na carne, o castigo cármico a cada pecado cometido na vida anterior na Terra, prepara à entidade, agora desencarnada, um longo período de descanso mental, isto é, o completo esquecimento dos acontecimentos infelizes e até dos pensamentos dolorosos mais insignificantes pelos quais passou como personalidade em sua última vida... GREGA - P 99) Os teósofos adotam concepção budista que somente admite duas hipóteses para o Espírito desencarnado que jamais é punido por qualquer de seus atos sobre a Terra. Castigo no post mortem é uma idéia considerada flagrantemente injusta e, portanto, incompatível com a natureza de Deus. O sofrimento pode acontecer mas somente como decorrência de um estado de consciência confuso, que pode dominar o Espírito por conta do processo de separação do corpo. É uma questão de tempo de adaptação entre uma condição existencial terrena e outra condição, de existência meta-terrena (além do tereno). Em A Chave da Teosofia, H.P. Blavatsky escreve: Não admitimos nenhum castigo fora desta terra porque o único estado que o Eu Espiritual conhece na vida futura é o da felicidade sem sombras. ...Não podem os crimes e pecados cometidos em um plano de objetividade e em um mundo de pura matéria, receber nenhum castigo em um mundo de pura subjetividade. Não acreditamos em inferno ou paraíso como localidades; em nenhum fogo objetivo do inferno nem em alguma Jerusalém com ruas incrustradas de safiras e diamantes. Cremos em um estado post mortem ou condição mental parecida com aquela em que nos encontramos durante um lonho lúcido.Acreditamos em uma lei imutável de amor, justiça e misericórdia absolutos; e crendo nisso dizemos: seja qual for o pecado... nenhum homem pode ser responsabilizado pelas conseqüências de seu nascimento. Ele não pede para nascer nem elege os pais que lhe darão vida. Sob qualquer aspecto, é vítima do que o rodeia; é filho das circunstâncias sobre as quais não tem ação nem poder... Em essência, a vida é um fogo cruel, um mar borrascoso que deve ser cruzado e, as vezes, um peso muito difícil de suportar....quase todas as vidas individuais... são um sofrimento. Haveríamos de acreditar que o homem desgraçado e desamparado, batido pelas enfurecidas ondas da vida, se não consegue resistir e se vê arrastado por elas, há de ser castigado com uma condenação eterna ou sequer uma pena passageira? Jamais. Grande ou vulgar pecador, bom ou mau, culpado ou inocente, uma vez livre do peso da vida, o Manu ("Ego Pensante"), exausto e consumido, adquiriu o direito a um período de bem-aventurança e repouso absolutos.A mesma lei infalível, sábia e justa... que inflinge ao Ego, na carne, o castigo cármico a cada pecado cometido na vida anterior na Terra, prepara à entidade, agora desencarnada, um longo período de descanso mental, isto é, o completo esquecimento dos acontecimentos infelizes e até dos pensamentos dolorosos mais insignificantes pelos quais passou como personalidade em sua última vida...

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